Um século de vampirismo nas telas: do cinema mudo aos tempos modernos

22 a 30 de novembro no Cursos MIS

Os vampiros estão presentes no cinema desde o primeiro exemplar do gênero horror, o curta-metragem “Le Manoir du Diable” (1896), realizado na França pelo pioneiro Georges Méliès, no qual uma figura diabólica se transforma em morcego e é afugentada por um crucifixo. Mas foi a partir da obra-prima do cinema expressionista “Nosferatu” (1922), do alemão F.W. Murnau, apropriando-se do romance “Drácula” (1897), de Bram Stoker, que os vampiros se tornaram um tema imortal e de apelo irresistível nas telas. O gênero estabeleceu suas regras justamente com a primeira adaptação oficial de “Drácula” (1931), realizada pelos estúdios Universal, inaugurando a era sonora do horror e iniciando um prolífico ciclo de clássicos. O cinema reiteradamente recorre aos vampiros folclóricos e literários para criar suas narrativas assustadoras e sedutoras, incluindo “Carmilla” (1872), de J. Sheridan Le Fanu, a mais influente vampira literária, inspiração para incontáveis adaptações e reformulações nas telas. 

O vampirismo cinematográfico, porém, é também profundamente inovador e criou sua própria prole de sanguessugas humanos em recriações originais do mito, que vão dos vampiros urbanos aos invasores espaciais. No cinema moderno, principalmente na década de 1980, os vampiros se tornam análogos aos grupos de jovens rebeldes, como nos cultuados “Os garotos perdidos (1987) e “Quando chega a escuridão” (1987), e como metáforas de comportamento social, como “Fome de ver” (1983) e “O vício” (1995). O vampiro é também a criatura mais representada globalmente no cinema, incluindo exemplares nos mais variados países, em todos os continentes, quase sempre mesclados ao folclore e cultura locais. 

O curso “Um século de vampirismo nas telas: do cinema mudo aos tempos modernos” fará um panorama dessas criaturas fascinantes nas telas, abrangendo um século de intensa produção, desde o primeiro longa-metragem em 1922, e chegando aos lançamentos contemporâneos. As aulas serão ministradas on-line por Carlos Primati, pesquisador de cinema fantástico que escreve periodicamente sobre vampiros em diversas publicações sobre o tema. 

Aula 1 | Os rastros dos vampiros, das lendas aos livros, palcos e telas 
• A origem literária dos vampiros nas obras de Polidori, Le Fanu e Stoker 
• A transposição do vampiro das páginas literárias para os palcos 
• “Nosferatu”, de Murnau, “Vampyr”, de Dreyer, e o “Drácula” sonoro 

Aula 2 | Drácula está morto e vivendo nas telas em vermelho sangue 
• A reinvenção de Drácula a partir do ciclo a cores produzido pela Hammer 
• O vampiro viril encarnado por Christopher Lee e seus desdobramentos 
• O Drácula romântico e sedutor de Frank Langella, Gary Oldman e outros 

Aula 3 | Carmilla Karnstein e outras vampiras mortais e perigosas 
• A contraparte feminina do vampirismo com a Condessa de Karnstein 
• A vampira como “femme fatale” e como metáfora de libertação sexual 
• As vampiras eróticas de Jesús Franco, Jean Rollin e José Ramón Larraz 

Aula 4 | Vampiros modernos, urbanos, sedutores e interplanetários 
• A reimaginação do vampirismo como um personagem urbano e moderno 
• Os vampiros negros e a questão do sangue, de Blácula a Akasha e Blade 
• O vampiro como inadequação social, de “Crepúsculo” a “Deixa ela entrar” 

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